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A raça maldita

LT010074
1989
Marcel Proust

Editora Hiena
Idioma Português PT
Estado : Usado 5/5
Encadernação : Brochado
Disponib. - Em stock

€12
Mais detalhes
  • Ano
  • 1989
  • Tradutor
  • Aníbal Fernandes
  • Código
  • LT010074
  • Detalhes físicos
  • Dimensões
  • 15,00 x 21,00 x
  • Nº Páginas
  • 133

Descrição

«[…] Coleccionadas, as mais célebres páginas de Proust fariam um livro tão cómodo como brilhante; saberiam poupar o leitor ao que pode ser a impaciência de percorrer uma torrente de duas mil páginas; fariam desfilar os seus "morceaux de bravure", as madalenas molhadas em chá de tília, Françoise planta rústica e simbiose dos seus patrões, a sonata de Vinteuil, o escabroso encontro entre Jupien e Charlus, a Ópera em glauca transparência de aquário de monstros marinhos, a morte de Bergotte… Tratando-se, porém, de um escritor que tanto esforço fez para demonstrar a existência de uma aventura contínua e só avaliável na sua totalidade, parece critério antológico menos lesivo surpreendê-lo através de textos autónomos que constituem as grandes linhas de força da sua personalidade; ou seja, oferecê-lo num exercício sobre a procura do tempo pela memória involuntária, numa dissertação sobre a diferença sexual, numa canção trágica de amor de filho, num momento de singular obsessão pela morte: Dias de Leitura, que começou por ser prefácio à sua tradução de Sésamo e os Lírios de Ruskin, mas foi depois apresentado como texto retirado a esse contexto em Pastiches et Mélanges; "A Raça Maldita", que foi sacrificado com o projecto Contre Sainte-Beuve a favor de algumas páginas de Sodoma e Gomorra; Sentimentos Filiais de um Parricida, artigo que uma manhã espantou e escandalizou os leitores de Le Figaro, antes de figurar em Pastiches et Mélanges; [A Morte de Bergotte], único exemplo extraído do seu grande romance mas ainda assim com valor praticamente autónomo em A Prisioneira; talvez o seu momento literário mais interessante dedicado à morte e à duvidosa certeza do valor póstumo da perfeição artística. O conjunto talvez comece por cantar um poema à melancolia da vida, da arte, dos sentimentos; inevitável nesse tempo proustiano imobilizado sobre o outro, que é vivido de uma forma física e no presente. Mas virá depois um jogo que oculta a possibilidade de um singular prazer: o de friccionar a memória do presente na memória do passado… para o Génio aparecer.» do prefácio de Aníbal Fernandes

A raça maldita

€12

LT010074
1989
Marcel Proust
Editora Hiena
Idioma Português PT
Estado : Usado 5/5
Encadernação : Brochado
Disponib. - Em stock

Mais detalhes
  • Ano
  • 1989
  • Tradutor
  • Aníbal Fernandes
  • Código
  • LT010074
  • Detalhes físicos

  • Dimensões
  • 15,00 x 21,00 x
  • Nº Páginas
  • 133
Descrição

«[…] Coleccionadas, as mais célebres páginas de Proust fariam um livro tão cómodo como brilhante; saberiam poupar o leitor ao que pode ser a impaciência de percorrer uma torrente de duas mil páginas; fariam desfilar os seus "morceaux de bravure", as madalenas molhadas em chá de tília, Françoise planta rústica e simbiose dos seus patrões, a sonata de Vinteuil, o escabroso encontro entre Jupien e Charlus, a Ópera em glauca transparência de aquário de monstros marinhos, a morte de Bergotte… Tratando-se, porém, de um escritor que tanto esforço fez para demonstrar a existência de uma aventura contínua e só avaliável na sua totalidade, parece critério antológico menos lesivo surpreendê-lo através de textos autónomos que constituem as grandes linhas de força da sua personalidade; ou seja, oferecê-lo num exercício sobre a procura do tempo pela memória involuntária, numa dissertação sobre a diferença sexual, numa canção trágica de amor de filho, num momento de singular obsessão pela morte: Dias de Leitura, que começou por ser prefácio à sua tradução de Sésamo e os Lírios de Ruskin, mas foi depois apresentado como texto retirado a esse contexto em Pastiches et Mélanges; "A Raça Maldita", que foi sacrificado com o projecto Contre Sainte-Beuve a favor de algumas páginas de Sodoma e Gomorra; Sentimentos Filiais de um Parricida, artigo que uma manhã espantou e escandalizou os leitores de Le Figaro, antes de figurar em Pastiches et Mélanges; [A Morte de Bergotte], único exemplo extraído do seu grande romance mas ainda assim com valor praticamente autónomo em A Prisioneira; talvez o seu momento literário mais interessante dedicado à morte e à duvidosa certeza do valor póstumo da perfeição artística. O conjunto talvez comece por cantar um poema à melancolia da vida, da arte, dos sentimentos; inevitável nesse tempo proustiano imobilizado sobre o outro, que é vivido de uma forma física e no presente. Mas virá depois um jogo que oculta a possibilidade de um singular prazer: o de friccionar a memória do presente na memória do passado… para o Génio aparecer.» do prefácio de Aníbal Fernandes