Entre as obras narrativas de Silone, «A Raposa e as Camélias é a primeira que não está ambientada na Itália meridional. A acção transcorre na Suiça, num cantão que liga com a fronteira italiana. Naqueles anos (1930-1935) imperava o fascismo na Itália, e a fronteira constituía uma terrível barreira a dividir não só os países, mas também os homens, os amigos, as famílias. As personagens do romance são suíços e italianos a contas com a terrível engrenagem da época. A história de uma raposa que ataca os galinheiros das aldeias e que por muito tempo foge à caça que dão entrelaça-se, no decurso da narrativa, com a história de outras ciladas em que perseguidos e perseguidores trocam várias vezes de papel. O autor conseguiu libertar a suas personagens de qualquer classificação rígida entre boas e más. Deste ponto de vista, o sentimento mais forte que imana do livro é a piedade.
Entre as obras narrativas de Silone, «A Raposa e as Camélias é a primeira que não está ambientada na Itália meridional. A acção transcorre na Suiça, num cantão que liga com a fronteira italiana. Naqueles anos (1930-1935) imperava o fascismo na Itália, e a fronteira constituía uma terrível barreira a dividir não só os países, mas também os homens, os amigos, as famílias. As personagens do romance são suíços e italianos a contas com a terrível engrenagem da época. A história de uma raposa que ataca os galinheiros das aldeias e que por muito tempo foge à caça que dão entrelaça-se, no decurso da narrativa, com a história de outras ciladas em que perseguidos e perseguidores trocam várias vezes de papel. O autor conseguiu libertar a suas personagens de qualquer classificação rígida entre boas e más. Deste ponto de vista, o sentimento mais forte que imana do livro é a piedade.