Além do Bojador transporta-vos para os horrores da guerra colonial na Guiné, para o inexplicável sofrimento de uma juventude assombrada e reprimida, para os seus mortos, feridos e heróis, para as pequenas e grandes batalhas e surpreendentes ousadias, culminando com a revolução e o aquietar dos extremismos, mas também para os muitos afectos que estes acontecimentos geracionais fizeram perdurar. Ao mesmo tempo, inspira-nos a terapia sugerida para o reacender dos brasidos do racismo, recorrendo às Histórias de África, abruptamente interrompidas à chegada dos nossos navegadores – as histórias dos grandes impérios africanos – como um lenitivo capaz de devolver a auto-estima aos povos de África e a milhões de negros e de mulatos descendentes de escravos, discriminados nas invulgares ambiências sociais, morais e económicas de um enorme e espantoso Brasil. Mas o romance habita no grande amor que o permeia: a união ecuménica entre uma muçulmana e um cristão, derribando exemplarmente as desigualdades entre raças e credos. Em epílogo, as escolhas para o merecido repouso, as recordações, o evoluir da religiosidade para a paixão pela música, as derradeiras interrogações no entardecer da condição humana, e um surpreendente final.
Além do Bojador transporta-vos para os horrores da guerra colonial na Guiné, para o inexplicável sofrimento de uma juventude assombrada e reprimida, para os seus mortos, feridos e heróis, para as pequenas e grandes batalhas e surpreendentes ousadias, culminando com a revolução e o aquietar dos extremismos, mas também para os muitos afectos que estes acontecimentos geracionais fizeram perdurar. Ao mesmo tempo, inspira-nos a terapia sugerida para o reacender dos brasidos do racismo, recorrendo às Histórias de África, abruptamente interrompidas à chegada dos nossos navegadores – as histórias dos grandes impérios africanos – como um lenitivo capaz de devolver a auto-estima aos povos de África e a milhões de negros e de mulatos descendentes de escravos, discriminados nas invulgares ambiências sociais, morais e económicas de um enorme e espantoso Brasil. Mas o romance habita no grande amor que o permeia: a união ecuménica entre uma muçulmana e um cristão, derribando exemplarmente as desigualdades entre raças e credos. Em epílogo, as escolhas para o merecido repouso, as recordações, o evoluir da religiosidade para a paixão pela música, as derradeiras interrogações no entardecer da condição humana, e um surpreendente final.