André Malraux medita sobre a vida, não porém à maneira dos memorialistas; serve-se das suas experiências e dos seus encontros apenas para interrogar a significação do Universo. Assim, compreende-se de imediato em que sentido e com que fins ele foi sempre, e simultaneamente, escritor e homem de ação. Neste primeiro tomo das Antimemórias descobre-se sobretudo a nudez de uma voz que, com a sua surpreendente liberdade de movimento, acossa sem descanso o enigma das mil faces. É um dos mais elevados diálogos: como Ésquilo e Shakespeare através coros e personagens, como Jó acima da cabeça de seus comparsas, Malraux não se dirige senão ao destino.
André Malraux medita sobre a vida, não porém à maneira dos memorialistas; serve-se das suas experiências e dos seus encontros apenas para interrogar a significação do Universo. Assim, compreende-se de imediato em que sentido e com que fins ele foi sempre, e simultaneamente, escritor e homem de ação. Neste primeiro tomo das Antimemórias descobre-se sobretudo a nudez de uma voz que, com a sua surpreendente liberdade de movimento, acossa sem descanso o enigma das mil faces. É um dos mais elevados diálogos: como Ésquilo e Shakespeare através coros e personagens, como Jó acima da cabeça de seus comparsas, Malraux não se dirige senão ao destino.