Cidades da Noite Vermelha, publicado em 1981, representa o início de uma nova fase em que, abandonada a desordem da sintaxe, da sequência e do sentido, Burroughs apresenta a sua visão do mundo com exactidão e originalidade. O autor(a) leva à culminância a sua poética plástica: exerce um trabalho de conciliação de módulos ficcionais capturados às mais diversas formas de expressão artística, erguendo uma amálgama de artes através da sua infusão no verbo. Nessa articulação de artes e géneros sobressaem como modelo configurativo a pintura e a música. Vanguardista genuíno, o autor(a) descobre uma linguagem própria (a «linguagem de montagem») que exprime de forma única a cultura compósita do século XX. William S. Burroughs confirma em Cidades da Noite Vermelha ser simultaneamente o maior dos Beats e uma voz absolutamente ímpar da e na América. Este pode sem dúvida ser considerado o seu primeiro «verdadeiro» romance, na medida em que há uma, ou antes, várias histórias que se confundem e se entrecruzam.
Cidades da Noite Vermelha, publicado em 1981, representa o início de uma nova fase em que, abandonada a desordem da sintaxe, da sequência e do sentido, Burroughs apresenta a sua visão do mundo com exactidão e originalidade. O autor(a) leva à culminância a sua poética plástica: exerce um trabalho de conciliação de módulos ficcionais capturados às mais diversas formas de expressão artística, erguendo uma amálgama de artes através da sua infusão no verbo. Nessa articulação de artes e géneros sobressaem como modelo configurativo a pintura e a música. Vanguardista genuíno, o autor(a) descobre uma linguagem própria (a «linguagem de montagem») que exprime de forma única a cultura compósita do século XX. William S. Burroughs confirma em Cidades da Noite Vermelha ser simultaneamente o maior dos Beats e uma voz absolutamente ímpar da e na América. Este pode sem dúvida ser considerado o seu primeiro «verdadeiro» romance, na medida em que há uma, ou antes, várias histórias que se confundem e se entrecruzam.