Neste romance, Lori Lansens lança um olhar cheio de ternura sobre duas gémeas muito especiais: Rose e Ruby, irmãs siamesas craniópagas, que — aos 29 anos e prestes a quebrar o recorde mundial de longevidade nessa condição peculiar — decidem escrever suas memórias. Narrado ora por Rose, ora por Ruby, o livro mostra como as mesmas experiências de vida podem produzir interpretações absolutamente distintas, conforme a perspectiva do observador. Com delicadeza e poesia, Lori Lansen passa ao largo do cliché maniqueísta dos gémeos de comportamentos opostos. As suas protagonistas revelam-se personagens ricas, contraditórias, com desejos próprios e — como todos nós — são muitas vezes o contrário daquilo que gostariam de aparentar. À medida que a história avança, a autora desmonta preconceitos e humaniza o «diferente» levando o leitor à identificação com o universo das gémeas e seus sentimentos íntimos — os quais, logo descobrimos, são muito próximos de nossos próprios pensamentos e emoções. À beira de completar o 30º aniversário, Rose e Ruby fazem o acerto de contas com toda uma existência privada de palavras como solidão ou autonomia. Contudo, não restam frustração ou mágoa, mas apenas o desejo de continuar reafirmando as suas individualidades, sem renunciar ao carinho de uma com a outra. Um carinho tamanho que pode ser definido como um amor verdadeiramente incondicional.
Neste romance, Lori Lansens lança um olhar cheio de ternura sobre duas gémeas muito especiais: Rose e Ruby, irmãs siamesas craniópagas, que — aos 29 anos e prestes a quebrar o recorde mundial de longevidade nessa condição peculiar — decidem escrever suas memórias. Narrado ora por Rose, ora por Ruby, o livro mostra como as mesmas experiências de vida podem produzir interpretações absolutamente distintas, conforme a perspectiva do observador. Com delicadeza e poesia, Lori Lansen passa ao largo do cliché maniqueísta dos gémeos de comportamentos opostos. As suas protagonistas revelam-se personagens ricas, contraditórias, com desejos próprios e — como todos nós — são muitas vezes o contrário daquilo que gostariam de aparentar. À medida que a história avança, a autora desmonta preconceitos e humaniza o «diferente» levando o leitor à identificação com o universo das gémeas e seus sentimentos íntimos — os quais, logo descobrimos, são muito próximos de nossos próprios pensamentos e emoções. À beira de completar o 30º aniversário, Rose e Ruby fazem o acerto de contas com toda uma existência privada de palavras como solidão ou autonomia. Contudo, não restam frustração ou mágoa, mas apenas o desejo de continuar reafirmando as suas individualidades, sem renunciar ao carinho de uma com a outra. Um carinho tamanho que pode ser definido como um amor verdadeiramente incondicional.