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As mentiras que os homens contam

LT018467
2001
Luis Fernando Veríssimo

Editora Objetiva
Idioma Português do Brasil
Estado : Usado 5/5
Encadernação : Brochado
Disponib. - Em stock

€9
Mais detalhes
  • Ano
  • 2001
  • Código
  • LT018467
  • ISBN
  • 9788573023381
  • Detalhes físicos
  • Dimensões
  • 15,00 x 23,00 x
  • Nº Páginas
  • 166

Descrição

«Nós nunca mentimos. Quando mentimos, é para o bem de vocês. Verdade. Começa na infância, quando a gente diz para a mãe que está sentindo uma coisa estranha, bem aqui, e não pode ir à aula sob risco de morrer no caminho. Se fôssemos sinceros e disséssemos que não tínhamos feito a lição de casa e por isso não podíamos enfrentar a professora, a mãe teria uma grande decepção. Assim, lhe dávamos a alegria de se preocupar conosco, que é a coisa que mãe mais gosta, e a poupávamos de descobrir a nossa falta de caráter. Melhor um doente que um vagabundo. E se ela não acreditasse e nos mandasse ir à escola de qualquer jeito, ainda tínhamos um trunfo sentimental. ‘Então vou ter que inventar uma história para a professora’, querendo dizer: ‘Vou ter que mentir para outra mulher como se ela fosse você’. ‘Está bem, fica em casa. Mas estudando!’ E ficávamos em casa, fazendo tudo menos estudar, dando-lhe todas as razões para dizer que não nos aguentava mais, que é outra coisa que mãe também adora.»

As mentiras que os homens contam

€9

LT018467
2001
Luis Fernando Veríssimo
Editora Objetiva
Idioma Português do Brasil
Estado : Usado 5/5
Encadernação : Brochado
Disponib. - Em stock

Mais detalhes
  • Ano
  • 2001
  • Código
  • LT018467
  • ISBN
  • 9788573023381
  • Detalhes físicos

  • Dimensões
  • 15,00 x 23,00 x
  • Nº Páginas
  • 166
Descrição

«Nós nunca mentimos. Quando mentimos, é para o bem de vocês. Verdade. Começa na infância, quando a gente diz para a mãe que está sentindo uma coisa estranha, bem aqui, e não pode ir à aula sob risco de morrer no caminho. Se fôssemos sinceros e disséssemos que não tínhamos feito a lição de casa e por isso não podíamos enfrentar a professora, a mãe teria uma grande decepção. Assim, lhe dávamos a alegria de se preocupar conosco, que é a coisa que mãe mais gosta, e a poupávamos de descobrir a nossa falta de caráter. Melhor um doente que um vagabundo. E se ela não acreditasse e nos mandasse ir à escola de qualquer jeito, ainda tínhamos um trunfo sentimental. ‘Então vou ter que inventar uma história para a professora’, querendo dizer: ‘Vou ter que mentir para outra mulher como se ela fosse você’. ‘Está bem, fica em casa. Mas estudando!’ E ficávamos em casa, fazendo tudo menos estudar, dando-lhe todas as razões para dizer que não nos aguentava mais, que é outra coisa que mãe também adora.»