Décimo quinto romance de António Lobo Antunes, que acaba de vencer o prestigiado prémio União Latina para a literatura, e a primeira das suas edições ne varietur (uma disposição jurídica que permite a um autor que um texto seu só possa ser de futuro citado, editado, traduzido, etc., sob a forma em que o publica com essa designação. Lobo Antunes chegou à conclusão que havia várias adulterações nas suas obras, desde gralhas a outras incorrecções, e a partir de agora todas elas serão publicadas em edições ne varietur, fixadas por uma equipa orientada por Maria Alzira Seixo, à medida que os antigos títulos se vão esgotando).
Neste livro, Lobo Antunes regressa a Angola, lugar essencial da sua obra romanesca, agora em época pós-descolonização. Um agente dos Serviços viaja à antiga colónia portuguesa incumbido de tarefa arriscada. Mas não volta. E logo outro o substitui, e depois outro, como na arena os touros se vão s eguindo uns aos outros, para a lide. E nós leitores embrenhando-nos na leitura, como se de uma floresta se tratasse.
É também um livro onde o autor de "Que Farei quando Tudo Arde?" questiona a linguagem, o valor da palavra ("Será que remendo isto com palavras ou falo do que aconteceu de facto?", dizem algumas personagens), como o realça Agripina Vieira em crítica no JL (15/10/03), numa escrita que se vai depurando cada vez mais (apesar das 574 páginas do romance).
Décimo quinto romance de António Lobo Antunes, que acaba de vencer o prestigiado prémio União Latina para a literatura, e a primeira das suas edições ne varietur (uma disposição jurídica que permite a um autor que um texto seu só possa ser de futuro citado, editado, traduzido, etc., sob a forma em que o publica com essa designação. Lobo Antunes chegou à conclusão que havia várias adulterações nas suas obras, desde gralhas a outras incorrecções, e a partir de agora todas elas serão publicadas em edições ne varietur, fixadas por uma equipa orientada por Maria Alzira Seixo, à medida que os antigos títulos se vão esgotando).
Neste livro, Lobo Antunes regressa a Angola, lugar essencial da sua obra romanesca, agora em época pós-descolonização. Um agente dos Serviços viaja à antiga colónia portuguesa incumbido de tarefa arriscada. Mas não volta. E logo outro o substitui, e depois outro, como na arena os touros se vão s eguindo uns aos outros, para a lide. E nós leitores embrenhando-nos na leitura, como se de uma floresta se tratasse.
É também um livro onde o autor de "Que Farei quando Tudo Arde?" questiona a linguagem, o valor da palavra ("Será que remendo isto com palavras ou falo do que aconteceu de facto?", dizem algumas personagens), como o realça Agripina Vieira em crítica no JL (15/10/03), numa escrita que se vai depurando cada vez mais (apesar das 574 páginas do romance).