Ilustrações de Fátima Vaz
«Dinis Machado escreveu sete livros e é como se só tivesse escrito um. Depois de O Que Diz Molero, que se tornou um livro de culto e um sucesso de vendas em 1977 - saiu em Março desse ano e, pelo Natal, já ia na quinta edição -, ninguém levou muito a sério os três livros seguintes. Nenhum deles parecia ter a ambição de se apresentar como um sucessor à altura do Molero. O Discurso de Alfredo Marceneiro a Gabriel García Márquez, de 1984, talvez ainda tenha correspondido, na irreverência do tema, a uma tentativa genuína, embora falhada, de voltar a agitar as águas. Reduto Quase Final (1989), uma espécie de testemunho do que o autor viveu e pensou, e que inclui alguns textos notáveis, já não pretendia ser um romance. E o último, Gráfico de Vendas com Orquídea (Cotovia, 1999), é uma selecção dos muitos textos que Dinis Machado, que morreu no dia 3 de Outubro, deixou dispersos em jornais e revistas. Filho de um árbitro, que era também proprietário do restaurante lisboeta Farta-Brutos, e a quem chamavam Oliveira Penálti, Dinis foi jornalista desportivo durante 20 anos, colaborando em títulos como o Norte Desportivo, o Record, o Diário de Lisboa ou o Diário Ilustrado.» in Público, 2008, Luís Miguel Queirós
Ilustrações de Fátima Vaz
«Dinis Machado escreveu sete livros e é como se só tivesse escrito um. Depois de O Que Diz Molero, que se tornou um livro de culto e um sucesso de vendas em 1977 - saiu em Março desse ano e, pelo Natal, já ia na quinta edição -, ninguém levou muito a sério os três livros seguintes. Nenhum deles parecia ter a ambição de se apresentar como um sucessor à altura do Molero. O Discurso de Alfredo Marceneiro a Gabriel García Márquez, de 1984, talvez ainda tenha correspondido, na irreverência do tema, a uma tentativa genuína, embora falhada, de voltar a agitar as águas. Reduto Quase Final (1989), uma espécie de testemunho do que o autor viveu e pensou, e que inclui alguns textos notáveis, já não pretendia ser um romance. E o último, Gráfico de Vendas com Orquídea (Cotovia, 1999), é uma selecção dos muitos textos que Dinis Machado, que morreu no dia 3 de Outubro, deixou dispersos em jornais e revistas. Filho de um árbitro, que era também proprietário do restaurante lisboeta Farta-Brutos, e a quem chamavam Oliveira Penálti, Dinis foi jornalista desportivo durante 20 anos, colaborando em títulos como o Norte Desportivo, o Record, o Diário de Lisboa ou o Diário Ilustrado.» in Público, 2008, Luís Miguel Queirós