Em Busca do Tempo Perdido, traduzido pelo poeta Pedro Tamen, prossegue agora com o segundo volume, À Sombra das Raparigas em Flor (Prémio Goncourt).
Combray e a infância ficaram para trás. E Gilberte também. O narrador segue agora pelas reminiscências da adolescência, e visita a estância de Balbec, com a avó. Surgem Albertine, rodeada pelas amigas, e o pintor Elstir, com os seus quadros de marinhas.
«Através desta tradução, sente-se a presença de um poeta e de um profundo conhecedor da literatura portuguesa. No texto, ecoa a memória do mais parisiense dos nossos escritores - Eça de Queirós - que semeia os seus romances de expressões francesas. Pedro Tamen oscila entre a tradução de topónimos e a sua manutenção na língua de partida, seguindo de perto as hesitações de A Cidade e as Serras, criando uma atmosfera próxima e distante, como se estivéssemos ainda nos finais do século XIX ou, talvez, no início do século XX. Conserva, na língua original, os nomes das personagens, mesmo quando seria possível traduzi-los, fiel a um autor que acredita no poder de nomear. Faz nascer o desejo de leitura, como se agora Marcel Proust começasse a ser, de uma outra forma, a sua própria tradução.» Teresa Almeida, Expresso, Actual 12/07/03
Em Busca do Tempo Perdido, traduzido pelo poeta Pedro Tamen, prossegue agora com o segundo volume, À Sombra das Raparigas em Flor (Prémio Goncourt).
Combray e a infância ficaram para trás. E Gilberte também. O narrador segue agora pelas reminiscências da adolescência, e visita a estância de Balbec, com a avó. Surgem Albertine, rodeada pelas amigas, e o pintor Elstir, com os seus quadros de marinhas.
«Através desta tradução, sente-se a presença de um poeta e de um profundo conhecedor da literatura portuguesa. No texto, ecoa a memória do mais parisiense dos nossos escritores - Eça de Queirós - que semeia os seus romances de expressões francesas. Pedro Tamen oscila entre a tradução de topónimos e a sua manutenção na língua de partida, seguindo de perto as hesitações de A Cidade e as Serras, criando uma atmosfera próxima e distante, como se estivéssemos ainda nos finais do século XIX ou, talvez, no início do século XX. Conserva, na língua original, os nomes das personagens, mesmo quando seria possível traduzi-los, fiel a um autor que acredita no poder de nomear. Faz nascer o desejo de leitura, como se agora Marcel Proust começasse a ser, de uma outra forma, a sua própria tradução.» Teresa Almeida, Expresso, Actual 12/07/03