Estamos em 1963, dois anos volvidos sobre a expulsão dos portugueses da Índia. Os territórios de Goa, Damão e Diu encontram se sob o domínio ainda ambíguo do governo indiano, mas, nas ruas, o concacim e o inglês convivem a toda a hora com um sub reptício português, os letreiros das lojas ainda mal apagados, a religião ecléctica com as marcas de Cristo, os edifícios e a cultura no limbo de um colonialismo defunto.
«O que se destaca neste livro é o muito que o autor conhece sobre a história do lugar, as marcas da presença portuguesa (as marcas arquitectónicas e as outras), o ambiente, a geografia. Era Uma Vez em Goa é em parte uma história intelectual inventada, em parte história tout court, em parte ainda um conjunto de observações de quem passou muito tempo na Índia com os olhos abertos, e que se dá agora a liberdade de poder escrever sem fundamentação precisa. Como nos outros romances do Paulo Varela Gomes, como nas crónicas de Ouro e Cinza, a descrição é vívida, detalhada, rigorosa, evocativa. Lê se não tanto como a história de uma viagem, mas com a impressão de que o autor aproveitou, com estas páginas, sentado à secretária, ao computador, para viajar mais uma vez por Goa. E é o próprio lugar que é o protagonista.» — Ivan Nunes, Prefácio
Estamos em 1963, dois anos volvidos sobre a expulsão dos portugueses da Índia. Os territórios de Goa, Damão e Diu encontram se sob o domínio ainda ambíguo do governo indiano, mas, nas ruas, o concacim e o inglês convivem a toda a hora com um sub reptício português, os letreiros das lojas ainda mal apagados, a religião ecléctica com as marcas de Cristo, os edifícios e a cultura no limbo de um colonialismo defunto.
«O que se destaca neste livro é o muito que o autor conhece sobre a história do lugar, as marcas da presença portuguesa (as marcas arquitectónicas e as outras), o ambiente, a geografia. Era Uma Vez em Goa é em parte uma história intelectual inventada, em parte história tout court, em parte ainda um conjunto de observações de quem passou muito tempo na Índia com os olhos abertos, e que se dá agora a liberdade de poder escrever sem fundamentação precisa. Como nos outros romances do Paulo Varela Gomes, como nas crónicas de Ouro e Cinza, a descrição é vívida, detalhada, rigorosa, evocativa. Lê se não tanto como a história de uma viagem, mas com a impressão de que o autor aproveitou, com estas páginas, sentado à secretária, ao computador, para viajar mais uma vez por Goa. E é o próprio lugar que é o protagonista.» — Ivan Nunes, Prefácio