Autografado pelo Autor
«O nosso sempre recordado Adé, notável poeta macaense e incansável cultor e divulgador do patuá, escreveu o seu primeiro livro em prosa na sequência de uma viagem à Escandinávia, a convite da companhia aérea SAS, em Outubro de 1960. Era então chefe de redacção do jornal católico “O Clarim”. Juntamente com ele, seguiram nessa viagem promocional dois jornalistas de Hong Kong, dois da Índia, um da Indonésia, dois da Malásia, dois do Paquistão, dois australianos e, a partir de Tóquio, dez japoneses. As suas crónicas foram reunidas em livro que o próprio “O Clarim” publicou em 1961. Chamou-se “Escandinávia – Região de Encantos Mil”. Quando a Fundação Macau assumiu a responsabilidade de organizar a obra completa de José dos Santos Ferreira (Adé), saiu do prelo uma nova edição daquela obra em Março de 1994. Para além dos seus bem articulados relatos, que o próprio autor, modestamente, classificou como “um trabalho sem pretensões”, “podendo, quando muito, merecer o acolhimento duma gaveta, onde as pessoas, ordinariamente, guardam os objectos que os amigos lhes oferecem”, o livro reuniu consistentes apontamentos de viagem, contendo informação muito completa sobre cada um dos países escandinavos visitados, nas suas variadas vertentes, da política à social, e sobre a SAS e a rota polar, então inaugurada. Nado e criado em Macau, esta viagem foi, para Adé, um sonho realizado, dado que “nunca tinha saído deste Oriente longínquo, para ele banal, mas sempre misterioso para os espíritos ávidos de saber dos Ocidentais”. Porém, “para ele, o mistério continuava oculto nas regiões distantes da Europa”. “A sua ambição era, pois, efectuar uma viagem de recreio, o seu sonho doirado conhecer os encantos do Jardim da Europa à beira-mar plantado”.» José dos Santos Ferreira, mais conhecido por Adé, foi um poeta de Macau. Nasceu em Macau a 28 de Julho de 1919 e faleceu em Hong Kong a 24 de Março de 1993. Viveu durante toda a sua vida na sua terra natal. O seu pai é um português oriundo de Portugal e a sua mãe é uma macaense. Foi um dos maiores 'cultivadores' do 'patuá' / 'papiaçam cristã', um dialecto crioulo com base na língua portuguesa cujas origens remontam à antiga Índia portuguesa.
Autografado pelo Autor
«O nosso sempre recordado Adé, notável poeta macaense e incansável cultor e divulgador do patuá, escreveu o seu primeiro livro em prosa na sequência de uma viagem à Escandinávia, a convite da companhia aérea SAS, em Outubro de 1960. Era então chefe de redacção do jornal católico “O Clarim”. Juntamente com ele, seguiram nessa viagem promocional dois jornalistas de Hong Kong, dois da Índia, um da Indonésia, dois da Malásia, dois do Paquistão, dois australianos e, a partir de Tóquio, dez japoneses. As suas crónicas foram reunidas em livro que o próprio “O Clarim” publicou em 1961. Chamou-se “Escandinávia – Região de Encantos Mil”. Quando a Fundação Macau assumiu a responsabilidade de organizar a obra completa de José dos Santos Ferreira (Adé), saiu do prelo uma nova edição daquela obra em Março de 1994. Para além dos seus bem articulados relatos, que o próprio autor, modestamente, classificou como “um trabalho sem pretensões”, “podendo, quando muito, merecer o acolhimento duma gaveta, onde as pessoas, ordinariamente, guardam os objectos que os amigos lhes oferecem”, o livro reuniu consistentes apontamentos de viagem, contendo informação muito completa sobre cada um dos países escandinavos visitados, nas suas variadas vertentes, da política à social, e sobre a SAS e a rota polar, então inaugurada. Nado e criado em Macau, esta viagem foi, para Adé, um sonho realizado, dado que “nunca tinha saído deste Oriente longínquo, para ele banal, mas sempre misterioso para os espíritos ávidos de saber dos Ocidentais”. Porém, “para ele, o mistério continuava oculto nas regiões distantes da Europa”. “A sua ambição era, pois, efectuar uma viagem de recreio, o seu sonho doirado conhecer os encantos do Jardim da Europa à beira-mar plantado”.» José dos Santos Ferreira, mais conhecido por Adé, foi um poeta de Macau. Nasceu em Macau a 28 de Julho de 1919 e faleceu em Hong Kong a 24 de Março de 1993. Viveu durante toda a sua vida na sua terra natal. O seu pai é um português oriundo de Portugal e a sua mãe é uma macaense. Foi um dos maiores 'cultivadores' do 'patuá' / 'papiaçam cristã', um dialecto crioulo com base na língua portuguesa cujas origens remontam à antiga Índia portuguesa.