A ideia de transpor para o plano literário as variações em torno de um tema surgiu a Queneau ao sair de um concerto em que ouvira A Arte da Fuga, de Bach. O resultado — Exercícios de Estilo, ou 99 maneiras de contar um episódio perfeitamente banal e desinteressante — foi publicado pela primeira vez em 1947, nas Edições Gallimard e é uma exploração de inúmeras potencialidades discursivas da língua francesa, nomeadamente níveis de língua, figuras de retórica, sociolectos, imitação de textos científicos ou de géneros literários, restrições de ordem gramatical, diferentes perspectivas diegéticas, metaplasmos, paródia de interferências linguísticas ou jogos de linguagem. Esta demonstração de virtuosismo resultou no primeiro grande sucesso literário de um autor que, doze anos depois, receberia o prémio do Humor Negro com Zazie no Metro, adaptado ao cinema em 1961 por Louis Malle. No entanto, e nas palavras de Raymond Queneau: "A brincadeira não é tudo, há também a arte."
A ideia de transpor para o plano literário as variações em torno de um tema surgiu a Queneau ao sair de um concerto em que ouvira A Arte da Fuga, de Bach. O resultado — Exercícios de Estilo, ou 99 maneiras de contar um episódio perfeitamente banal e desinteressante — foi publicado pela primeira vez em 1947, nas Edições Gallimard e é uma exploração de inúmeras potencialidades discursivas da língua francesa, nomeadamente níveis de língua, figuras de retórica, sociolectos, imitação de textos científicos ou de géneros literários, restrições de ordem gramatical, diferentes perspectivas diegéticas, metaplasmos, paródia de interferências linguísticas ou jogos de linguagem. Esta demonstração de virtuosismo resultou no primeiro grande sucesso literário de um autor que, doze anos depois, receberia o prémio do Humor Negro com Zazie no Metro, adaptado ao cinema em 1961 por Louis Malle. No entanto, e nas palavras de Raymond Queneau: "A brincadeira não é tudo, há também a arte."