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Ficções (Vis.)

LT015169

Jorge Luis Borges

Editora Visão
Idioma Português PT
Estado : Usado 5/5
Encadernação : Capa dura
Disponib. - Em stock

€6
Mais detalhes
  • Idioma Original
  • Castelhano
  • Tradutor
  • José Colaço Barreiros
  • Código
  • LT015169
  • Detalhes físicos
  • Dimensões
  • 12,00 x 21,00 x 19,00
  • Nº Páginas
  • 128

Descrição

Publicado pela primeira vez em 1944, Ficções é um dos livros mais apreciados e, por certo, um dos mais representativos da obra borgesiana. Nele se reúnem textos como «Pierre Menard, autor do Quixote», «As ruínas circulares», «A Biblioteca de Babel», «O jardim dos caminhos que se bifurcam» ou «Funes, o memorioso» - cada um deles uma obra-prima e exemplo da grandeza e do génio de Jorge Luis Borges.

«As sete peças deste livro não requerem elucidação de maior. A sétima (O Jardim dos caminhos que se bifurcam) é policial; os seus leitores assistirão à execução e a todos os preliminares de um crime, cujo propósito não ignoram mas que não compreenderão, julgo eu, até ao último parágrafo. As outras são fantásticas, uma - A lotaria na Babilónia - não é de modo nenhum inocente de simbolismo. Não sou o primeiro autor da narrativa A biblioteca de Babel; os curiosos da sua história e pré-história podem consultar certa página do número 59 de SUR, que regista os nomes heterogéneos de Leucipo e de Lasswitz, de Lewis Carroll e de Aristóteles. Em As ruínas circulares tudo é irreal; em Pierre Menard, autor do Quxote é-o o destino que o protagonista se impõe a si próprio. A lista dos escritos que lhe atribuo não é muito divertida mas não é arbitrária; é um diagrama da sua história mental. Desvario laborioso e empobrecedor é o de compor vastos livros; o de espraiar por quinhentas páginas uma ideia cuja perfeita exposição oral cabe em poucos minutos. Melhor procedimento é simular que esses livros já existem e oferecer um resumo, um comentário. Assim procedeu Carlyle em Santor Resartus; e igualmente Butler em The Fair Heaven; obras que têm a imperfeição de serem também livros, e não menos tautológicos que os outros. Mais razoável, mais inepto, mais mandrião, eu preferi a escrita de notas sobre livros imaginários. São elas Tlö, Uqbar, Orbis Tertius e a Análise da obra de Herbert Quain.» Jorge Luis Borges

Ficções (Vis.)

€6

LT015169

Jorge Luis Borges
Editora Visão
Idioma Português PT
Estado : Usado 5/5
Encadernação : Capa dura
Disponib. - Em stock

Mais detalhes
  • Idioma Original
  • Castelhano
  • Tradutor
  • José Colaço Barreiros
  • Código
  • LT015169
  • Detalhes físicos

  • Dimensões
  • 12,00 x 21,00 x 19,00
  • Nº Páginas
  • 128
Descrição

Publicado pela primeira vez em 1944, Ficções é um dos livros mais apreciados e, por certo, um dos mais representativos da obra borgesiana. Nele se reúnem textos como «Pierre Menard, autor do Quixote», «As ruínas circulares», «A Biblioteca de Babel», «O jardim dos caminhos que se bifurcam» ou «Funes, o memorioso» - cada um deles uma obra-prima e exemplo da grandeza e do génio de Jorge Luis Borges.

«As sete peças deste livro não requerem elucidação de maior. A sétima (O Jardim dos caminhos que se bifurcam) é policial; os seus leitores assistirão à execução e a todos os preliminares de um crime, cujo propósito não ignoram mas que não compreenderão, julgo eu, até ao último parágrafo. As outras são fantásticas, uma - A lotaria na Babilónia - não é de modo nenhum inocente de simbolismo. Não sou o primeiro autor da narrativa A biblioteca de Babel; os curiosos da sua história e pré-história podem consultar certa página do número 59 de SUR, que regista os nomes heterogéneos de Leucipo e de Lasswitz, de Lewis Carroll e de Aristóteles. Em As ruínas circulares tudo é irreal; em Pierre Menard, autor do Quxote é-o o destino que o protagonista se impõe a si próprio. A lista dos escritos que lhe atribuo não é muito divertida mas não é arbitrária; é um diagrama da sua história mental. Desvario laborioso e empobrecedor é o de compor vastos livros; o de espraiar por quinhentas páginas uma ideia cuja perfeita exposição oral cabe em poucos minutos. Melhor procedimento é simular que esses livros já existem e oferecer um resumo, um comentário. Assim procedeu Carlyle em Santor Resartus; e igualmente Butler em The Fair Heaven; obras que têm a imperfeição de serem também livros, e não menos tautológicos que os outros. Mais razoável, mais inepto, mais mandrião, eu preferi a escrita de notas sobre livros imaginários. São elas Tlö, Uqbar, Orbis Tertius e a Análise da obra de Herbert Quain.» Jorge Luis Borges