Primeira Edição. A primeira e mais completa das explicações incompletas do nosso mundo. Num projecto planeado para vários volumes, mas que só contou três (“Pré-História”; “O Egipto” e “Os Judeus”), José Vilhema, o mais importante humorista “impresso” de Portugal, publicou, entre 1960 e 1965, esta sua História que tinha por objectivo elucidar as massas sobre as verdades imutáveis da vida. A «História Universal da Pulhice Humana» é um dos exemplos máximos do talento do Autor que marcou diversas gerações de portugueses e o país em si. Filho duma professora primária e dum proprietário agrícola, José Vilhena passa a sua infância na aldeia de Freixedas, concelho de Pinhel. Aos dez anos de idade foi estudar para Lisboa, indo no meio da adolescência para o Porto, onde realizou um ano de tropa. Cursa arquitectura na Escola de Belas-Artes do Porto, mas fica pelo quarto ano, já que começa a desenhar para jornais. Fixa-se em Lisboa, na zona do Bairro Alto, onde desenha cartoons para os jornais "Diário de Lisboa", "Cara Alegre" e "O Mundo Ri" (de que foi co-fundador) durante os anos 50. Publica em 1956 Este Mundo e o Outro, a sua primeira colectânea de cartoons, e em 1959 Manual de Etiqueta, livro de textos humorísticos. Durante os anos 60 a sua actividade de escritor desenvolve-se. Com o fim da revista "O Mundo Ri", publica uma grande quantidade de livros com textos humorísticos. Esses seus mesmos livros e desenhos, muitos deles usando a Censura como tema de paródia, provocaram-lhe problemas com a polícia, mais concretamente com a PIDE, que lhe apreendeu constantemente escritos e lhe causou três estadias na prisão, em 1962, 1964 e 1966. Isso tornou-o muito popular na época. Até ao 25 de Abril de 1974 Vilhena redigiu cerca de 70 livros. Em 1973, Vilhena inicia a publicação, em fascículos, da Grande Enciclopédia Vilhena, que virá a interromper após a Revolução dos Cravos, em 1974, para dar início à publicação da revista Gaiola Aberta, cujo primeiro número sai logo a 15 de Maio desse ano. Esta revista de textos e cartoons humorísticos foi mantida por ele durante vários anos, satirizando a sociedade da época o que o levou a ser perseguido e a responder várias vezes em tribunal tendo ficado quase na bancarrota. Um interregno de quatro anos ocorreu depois devido a uma fotomontagem que envolvia a princesa Carolina Grimaldi, da qual foi alvo de processo de que se defendeu com sucesso. Vilhena volta assim com O Fala Barato, numa primeira edição em forma de jornal e mais tarde em revista. Depois de deixar de ser publicada seguiu-se O Cavaco e mais recentemente O Moralista. Faleceu a 3 de outubro de 2015, aos 88 anos de idade, no Hospital de S. Francisco Xavier, vítima de doença prolongada.
Primeira Edição. A primeira e mais completa das explicações incompletas do nosso mundo. Num projecto planeado para vários volumes, mas que só contou três (“Pré-História”; “O Egipto” e “Os Judeus”), José Vilhema, o mais importante humorista “impresso” de Portugal, publicou, entre 1960 e 1965, esta sua História que tinha por objectivo elucidar as massas sobre as verdades imutáveis da vida. A «História Universal da Pulhice Humana» é um dos exemplos máximos do talento do Autor que marcou diversas gerações de portugueses e o país em si. Filho duma professora primária e dum proprietário agrícola, José Vilhena passa a sua infância na aldeia de Freixedas, concelho de Pinhel. Aos dez anos de idade foi estudar para Lisboa, indo no meio da adolescência para o Porto, onde realizou um ano de tropa. Cursa arquitectura na Escola de Belas-Artes do Porto, mas fica pelo quarto ano, já que começa a desenhar para jornais. Fixa-se em Lisboa, na zona do Bairro Alto, onde desenha cartoons para os jornais "Diário de Lisboa", "Cara Alegre" e "O Mundo Ri" (de que foi co-fundador) durante os anos 50. Publica em 1956 Este Mundo e o Outro, a sua primeira colectânea de cartoons, e em 1959 Manual de Etiqueta, livro de textos humorísticos. Durante os anos 60 a sua actividade de escritor desenvolve-se. Com o fim da revista "O Mundo Ri", publica uma grande quantidade de livros com textos humorísticos. Esses seus mesmos livros e desenhos, muitos deles usando a Censura como tema de paródia, provocaram-lhe problemas com a polícia, mais concretamente com a PIDE, que lhe apreendeu constantemente escritos e lhe causou três estadias na prisão, em 1962, 1964 e 1966. Isso tornou-o muito popular na época. Até ao 25 de Abril de 1974 Vilhena redigiu cerca de 70 livros. Em 1973, Vilhena inicia a publicação, em fascículos, da Grande Enciclopédia Vilhena, que virá a interromper após a Revolução dos Cravos, em 1974, para dar início à publicação da revista Gaiola Aberta, cujo primeiro número sai logo a 15 de Maio desse ano. Esta revista de textos e cartoons humorísticos foi mantida por ele durante vários anos, satirizando a sociedade da época o que o levou a ser perseguido e a responder várias vezes em tribunal tendo ficado quase na bancarrota. Um interregno de quatro anos ocorreu depois devido a uma fotomontagem que envolvia a princesa Carolina Grimaldi, da qual foi alvo de processo de que se defendeu com sucesso. Vilhena volta assim com O Fala Barato, numa primeira edição em forma de jornal e mais tarde em revista. Depois de deixar de ser publicada seguiu-se O Cavaco e mais recentemente O Moralista. Faleceu a 3 de outubro de 2015, aos 88 anos de idade, no Hospital de S. Francisco Xavier, vítima de doença prolongada.