Introdução de Guilherme de Castilho
Ficção com uma elevada carga existencialista, marca autoral de Raul Brandão, Húmus é uma das suas obras mais marcantes. Escrito entre novembro de 1915 e dezembro de 1916, este romance é uma versão maturada dos seus escritos anteriores, beneficiando de um momento da vida do autor já totalmente dedicado à escrita, no campo literário e jornalístico. Húmus é uma ficção pouco canónica, singular, que fugiu aos costumes literários da sua época e que deu sinal de uma extrema liberdade criativa. O lado metafísico, fruto da inquietação de Raul Brandão, acaba por dar o mote a uma obra que foi agente de mudança do género romance, sem que tal facto denote uma vontade programática de mudança. Com Húmus, Raul Brandão não procurou a renovação dos modos de fazer ficção; procurou, sim, corresponder a uma necessidade de partilha e comunicação que só poderia ser expressa deste modo livre, inspirado, abstrato, espiritual.
Introdução de Guilherme de Castilho
Ficção com uma elevada carga existencialista, marca autoral de Raul Brandão, Húmus é uma das suas obras mais marcantes. Escrito entre novembro de 1915 e dezembro de 1916, este romance é uma versão maturada dos seus escritos anteriores, beneficiando de um momento da vida do autor já totalmente dedicado à escrita, no campo literário e jornalístico. Húmus é uma ficção pouco canónica, singular, que fugiu aos costumes literários da sua época e que deu sinal de uma extrema liberdade criativa. O lado metafísico, fruto da inquietação de Raul Brandão, acaba por dar o mote a uma obra que foi agente de mudança do género romance, sem que tal facto denote uma vontade programática de mudança. Com Húmus, Raul Brandão não procurou a renovação dos modos de fazer ficção; procurou, sim, corresponder a uma necessidade de partilha e comunicação que só poderia ser expressa deste modo livre, inspirado, abstrato, espiritual.