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Ida e volta duma caixa de cigarros (1ª ed.)

LT016373
1938
Maria Archer

Editora O Século
Idioma Português PT
Estado : Usado 4/5
Encadernação : Brochado
Disponib. - Em stock

€20
Mais detalhes
  • Ano
  • 1938
  • Edição
  • 1
  • Código
  • LT016373
  • Detalhes físicos
  • Dimensões
  • 12,00 x 18,00 x
  • Nº Páginas
  • 261

Descrição

«Em Ida e volta duma caixa de cigarros, a acção gira em torno de Marietta, que tem uma relação com Manuel, e posteriormente uma com Vitor. No caso do segundo, Marietta deseja aproveitar a oportunidade para fazê-lo sofrer: “Gostaria de o torturar. Era como se, apossando-se dum papel, incarnasse em si a Mulher, simbolizasse a Mulher, e desforrasse nêle, no Homem, no inimigo de sempre, momentaneamente encadeado, a milenária sujeição da fêmea e a os gemidos milenários da fêmea ecoando em todo o passado” (p. 44). Aqui, percebe-se a intenção da autora em fazer com que confluam os processos históricos na construção das personagens, tornando-se claro que quer torná-los parte da estrutura interna da narrativa. Ao lado da possibilidade de uma vingança individual, de orgulho ferido, existe a possibilidade de uma vingança histórica, individualizada num e noutro, estando um e outro a simbolizar os papéis de uma relação opressiva, secular. E por isso Marietta quer fazer-se amar sem esperança, quer enciumar sem razão, excitar sem desejo. Sente prazer na burla, na consciência de que os homens sofrerão se se souberem enganados, trava aqui a sua desforra individual.» in esquerda.net

Ida e volta duma caixa de cigarros (1ª ed.)

€20

LT016373
1938
Maria Archer
Editora O Século
Idioma Português PT
Estado : Usado 4/5
Encadernação : Brochado
Disponib. - Em stock

Mais detalhes
  • Ano
  • 1938
  • Edição
  • 1
  • Código
  • LT016373
  • Detalhes físicos

  • Dimensões
  • 12,00 x 18,00 x
  • Nº Páginas
  • 261
Descrição

«Em Ida e volta duma caixa de cigarros, a acção gira em torno de Marietta, que tem uma relação com Manuel, e posteriormente uma com Vitor. No caso do segundo, Marietta deseja aproveitar a oportunidade para fazê-lo sofrer: “Gostaria de o torturar. Era como se, apossando-se dum papel, incarnasse em si a Mulher, simbolizasse a Mulher, e desforrasse nêle, no Homem, no inimigo de sempre, momentaneamente encadeado, a milenária sujeição da fêmea e a os gemidos milenários da fêmea ecoando em todo o passado” (p. 44). Aqui, percebe-se a intenção da autora em fazer com que confluam os processos históricos na construção das personagens, tornando-se claro que quer torná-los parte da estrutura interna da narrativa. Ao lado da possibilidade de uma vingança individual, de orgulho ferido, existe a possibilidade de uma vingança histórica, individualizada num e noutro, estando um e outro a simbolizar os papéis de uma relação opressiva, secular. E por isso Marietta quer fazer-se amar sem esperança, quer enciumar sem razão, excitar sem desejo. Sente prazer na burla, na consciência de que os homens sofrerão se se souberem enganados, trava aqui a sua desforra individual.» in esquerda.net