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Leonora premiada

LT011359
1974
Fernando Portela

Editora Livraria Duas Cidades
Idioma Português do Brasil
Estado : Usado 4/5
Encadernação : Brochado
Disponib. - Em stock

€15
Mais detalhes
  • Ano
  • 1974
  • Código
  • LT011359
  • Detalhes físicos
  • Dimensões
  • 14,00 x 21,00 x
  • Nº Páginas
  • 162

Descrição

Com dedicatória do autor

«Grunhindo meio de lado (tão irônico, o Porco-Mor) ele foi-se chegando, de costas, e nós dormindo sob o totem florido, ele foi-se chegando, primeiro roçando aquele rabinho torcido, obsceno, na nossa barriga. Maria, ainda dormindo, deu umas risadinhas de cócegas; e eu, que acordei imediatamente, não sei por que não tive vontade de reagir. Um dia, tenho certeza, todos poderão me acusar de ter planejado aquela intromissão. O doutor não sabe, mas Deus sim, que isso não é verdade. Mas, como ia dizendo, Maria só foi acordar com a dor, o sangue escorrendo por nossas pernas, eu quase desmaiada, e o Porco-Mor grunhindo alto, enfiando o focinho na terra ensanguentada por nosso corpo comum. Estava louco de prazer, o Porco-Mor. Benfazeja, a nossa babá, quando descobriu o desastre já era tarde. Chorando alto, gritando “pobres princesas!”, ela ainda tentou apartar de nós o corpo nojento do Porco-Mor. Mas o senhor sabe, doutor, e Deus quis, já não havia jeito.»

Leonora premiada

€15

LT011359
1974
Fernando Portela
Editora Livraria Duas Cidades
Idioma Português do Brasil
Estado : Usado 4/5
Encadernação : Brochado
Disponib. - Em stock

Mais detalhes
  • Ano
  • 1974
  • Código
  • LT011359
  • Detalhes físicos

  • Dimensões
  • 14,00 x 21,00 x
  • Nº Páginas
  • 162
Descrição

Com dedicatória do autor

«Grunhindo meio de lado (tão irônico, o Porco-Mor) ele foi-se chegando, de costas, e nós dormindo sob o totem florido, ele foi-se chegando, primeiro roçando aquele rabinho torcido, obsceno, na nossa barriga. Maria, ainda dormindo, deu umas risadinhas de cócegas; e eu, que acordei imediatamente, não sei por que não tive vontade de reagir. Um dia, tenho certeza, todos poderão me acusar de ter planejado aquela intromissão. O doutor não sabe, mas Deus sim, que isso não é verdade. Mas, como ia dizendo, Maria só foi acordar com a dor, o sangue escorrendo por nossas pernas, eu quase desmaiada, e o Porco-Mor grunhindo alto, enfiando o focinho na terra ensanguentada por nosso corpo comum. Estava louco de prazer, o Porco-Mor. Benfazeja, a nossa babá, quando descobriu o desastre já era tarde. Chorando alto, gritando “pobres princesas!”, ela ainda tentou apartar de nós o corpo nojento do Porco-Mor. Mas o senhor sabe, doutor, e Deus quis, já não havia jeito.»