Primeira edição de dois dos três volumes de memórias de Bulhão Pato. Ambos os volumes estão assinados e dedicados pelo autor ao seu amigo Fernandes Costa. Tomo I: Scenas de infancia e homens de lettras. Tomo II: Homens Politicos. Escritor português, nascido na cidade de Bilbau, Espanha. De ascendência fidalga, cultivando interesses vários, como a gastronomia e as viagens, representou, de certo modo, um exemplo de vivência social da época. Conviveu, em Portugal, com os grandes escritores do seu tempo, aderindo às correntes ultra-românticas, a que aliou um certo folclorismo. A sua poesia reflecte um interesse sensual pela vida, revelando a capacidade de descrição de cenas e tipos populares numa linguagem viva e coloquial. O poema Paquita (cuja publicação foi iniciada em 1856) contém uma intriga romanesca que, aliada à naturalidade e ao pitoresco, prenunciam já um certo realismo; já os seus volumes de poesia satírica (Cantos e Sátiras, 1873; Hoje — Sátiras, Canções e Idílios, 1888) reflectem uma preocupação social. Deixou livros de memórias que ainda hoje conservam interesse, nomeadamente pelo conhecimento que proporcionam de figuras da cultura da época (como Garrett ou Herculano). Caricaturado por Eça de Queirós em Os Maias, reagiu violentamente em sátiras como «O Grande Maia» (incluído em Hoje, 1888) e Lázaro Cônsul (1889). Representante da sua época cultural e social, escreveu, para além das obras já referidas, os livros de poesia Poesias (1850), Versos (1862), Canções da Tarde (1866), Flores Agrestes (1870), Paisagens (1871) e O Livro do Monte — Geórgicas, Líricas (1896) e livros de memórias e biografias, como Sob os Ciprestes — Vida Íntima de Homens Ilustres (1877), Memórias I — Cenas de Infância e Homens de Letras (1894), Memórias II — Homens Políticos (1894) e Memórias III — Quadradinhos de Outras Épocas (1907).
Primeira edição de dois dos três volumes de memórias de Bulhão Pato. Ambos os volumes estão assinados e dedicados pelo autor ao seu amigo Fernandes Costa. Tomo I: Scenas de infancia e homens de lettras. Tomo II: Homens Politicos. Escritor português, nascido na cidade de Bilbau, Espanha. De ascendência fidalga, cultivando interesses vários, como a gastronomia e as viagens, representou, de certo modo, um exemplo de vivência social da época. Conviveu, em Portugal, com os grandes escritores do seu tempo, aderindo às correntes ultra-românticas, a que aliou um certo folclorismo. A sua poesia reflecte um interesse sensual pela vida, revelando a capacidade de descrição de cenas e tipos populares numa linguagem viva e coloquial. O poema Paquita (cuja publicação foi iniciada em 1856) contém uma intriga romanesca que, aliada à naturalidade e ao pitoresco, prenunciam já um certo realismo; já os seus volumes de poesia satírica (Cantos e Sátiras, 1873; Hoje — Sátiras, Canções e Idílios, 1888) reflectem uma preocupação social. Deixou livros de memórias que ainda hoje conservam interesse, nomeadamente pelo conhecimento que proporcionam de figuras da cultura da época (como Garrett ou Herculano). Caricaturado por Eça de Queirós em Os Maias, reagiu violentamente em sátiras como «O Grande Maia» (incluído em Hoje, 1888) e Lázaro Cônsul (1889). Representante da sua época cultural e social, escreveu, para além das obras já referidas, os livros de poesia Poesias (1850), Versos (1862), Canções da Tarde (1866), Flores Agrestes (1870), Paisagens (1871) e O Livro do Monte — Geórgicas, Líricas (1896) e livros de memórias e biografias, como Sob os Ciprestes — Vida Íntima de Homens Ilustres (1877), Memórias I — Cenas de Infância e Homens de Letras (1894), Memórias II — Homens Políticos (1894) e Memórias III — Quadradinhos de Outras Épocas (1907).