Os personagens deste livro podiam ser porcas-saras, como na Courela das Pereiras se chama aos bichos-de-conta: animaizinhos insignificantes e que se enrolam sobre si mesmos, fazendo-se bolinhas. Assim parecerá Elvira, com medo do escuro, ou Esperancinha, com medo de uma vida que o amor parecia, em vão, contrariar. Já a velha Rosa Barba, que rimava palavras e criava galinhas, ou a Dolondina, que tinha o à-vontade dos novos tempos dos computadores e telemóveis, disfarçavam melhor a sina para que estavam fadadas. Mas afinal as porcas-saras escondem na sua carapaça a exiguidade e a vastidão, o sonho e a sordidez. Esta é uma pequena grande história de homens e mulheres, contada numa linguagem despretensiosa, com uma discreta ironia que ameniza a tragédia da vida das porcas-saras.
Os personagens deste livro podiam ser porcas-saras, como na Courela das Pereiras se chama aos bichos-de-conta: animaizinhos insignificantes e que se enrolam sobre si mesmos, fazendo-se bolinhas. Assim parecerá Elvira, com medo do escuro, ou Esperancinha, com medo de uma vida que o amor parecia, em vão, contrariar. Já a velha Rosa Barba, que rimava palavras e criava galinhas, ou a Dolondina, que tinha o à-vontade dos novos tempos dos computadores e telemóveis, disfarçavam melhor a sina para que estavam fadadas. Mas afinal as porcas-saras escondem na sua carapaça a exiguidade e a vastidão, o sonho e a sordidez. Esta é uma pequena grande história de homens e mulheres, contada numa linguagem despretensiosa, com uma discreta ironia que ameniza a tragédia da vida das porcas-saras.