«Lafargue denunciou a "santificação" do trabalho promovida por escritores, economistas e moralistas. O trabalho, dentro de limites impostos pela necessidade humana do ócio e do lazer, é uma actividade imprescindível à autoconstrução da humanidade. Desde que nos passa a ser imposto em excesso, torna-se uma desgraça. (...) Lafargue, 120 anos atrás, já alertava os trabalhadores para o facto de que a jornada de trabalho poderia ser substancialmente reduzida (segundo ele, poderia ser de apenas três horas), caso os avanços tecnológicos fossem usados em benefício dos que trabalham e não em proveito dos que lucram.»
«Fomos preparados para tudo, menos para o lazer. A incapacidade socialmente incutida para compreender o lazer, levou-nos a conceber o tempo livre como sendo unicamente o inverso do tempo do trabalho: como um tempo que em vez de vender nós devemos comprar dos mercados que nos fornecem o emprego e os equipamentos que permitem este emprego: parques de diversão, cruzeiros, turismo, hotéis, espectáculos, etc. Captado e monetarizado, o tempo continua ainda um bem mercantil do qual, já que se paga, é necessário lucrar o máximo a fim de «tê-lo por seu dinheiro». (Thierry Paquot)
«Lafargue denunciou a "santificação" do trabalho promovida por escritores, economistas e moralistas. O trabalho, dentro de limites impostos pela necessidade humana do ócio e do lazer, é uma actividade imprescindível à autoconstrução da humanidade. Desde que nos passa a ser imposto em excesso, torna-se uma desgraça. (...) Lafargue, 120 anos atrás, já alertava os trabalhadores para o facto de que a jornada de trabalho poderia ser substancialmente reduzida (segundo ele, poderia ser de apenas três horas), caso os avanços tecnológicos fossem usados em benefício dos que trabalham e não em proveito dos que lucram.»
«Fomos preparados para tudo, menos para o lazer. A incapacidade socialmente incutida para compreender o lazer, levou-nos a conceber o tempo livre como sendo unicamente o inverso do tempo do trabalho: como um tempo que em vez de vender nós devemos comprar dos mercados que nos fornecem o emprego e os equipamentos que permitem este emprego: parques de diversão, cruzeiros, turismo, hotéis, espectáculos, etc. Captado e monetarizado, o tempo continua ainda um bem mercantil do qual, já que se paga, é necessário lucrar o máximo a fim de «tê-lo por seu dinheiro». (Thierry Paquot)