Esta é a história de Eduardo Torres, cidadão ilustre de San Blas. Recorrendo a testemunhos, selectas, aforismos, ditos ou simples colaborações espontâneas, entre outros elementos de natureza biográfica, O Resto é Silêncio dá-nos a conhecer a vida e a obra de um homem que ao longo dos seus dias "chegou, viu e foi sempre vencido, quer pelos elementos, quer pelas naus inimigas". Compilado por um tal Augusto Monterroso, o texto esconde a sua natureza ficcional e apresenta-se como legítima homenagem biográfica a um pretenso intelectual portador dos grandes valores universais, o que vai sendo desmentido pelas estratégias textuais do próprio Augusto Monterroso. Desta forma, o autor apresenta-nos um mundo de equívocos, simulações e espelhos, onde a mestria narrativa, a retórica clássica, a ironia refinada, o humor inteligente e a intertextualidade (Melville, Cervantes ou... Monterroso) se combinam admiravelmente.
Esta é a história de Eduardo Torres, cidadão ilustre de San Blas. Recorrendo a testemunhos, selectas, aforismos, ditos ou simples colaborações espontâneas, entre outros elementos de natureza biográfica, O Resto é Silêncio dá-nos a conhecer a vida e a obra de um homem que ao longo dos seus dias "chegou, viu e foi sempre vencido, quer pelos elementos, quer pelas naus inimigas". Compilado por um tal Augusto Monterroso, o texto esconde a sua natureza ficcional e apresenta-se como legítima homenagem biográfica a um pretenso intelectual portador dos grandes valores universais, o que vai sendo desmentido pelas estratégias textuais do próprio Augusto Monterroso. Desta forma, o autor apresenta-nos um mundo de equívocos, simulações e espelhos, onde a mestria narrativa, a retórica clássica, a ironia refinada, o humor inteligente e a intertextualidade (Melville, Cervantes ou... Monterroso) se combinam admiravelmente.