Chegou a hora de rufar. Fui com o Luva-Luva e, quando me quis sentar numa mesa próxima da claranta, ele puxou-me pela lima e levou-me para outra, num canto bem mais escuro e malcheiroso. "Ali é pra outros. É pró Zé-Mau, pró Búfalo, pró Dá Cheta, pró Charolês e pró João Varrido. São todos apagadores. Beras como a ferrugem. Não te metas com eles se não queres sair daqui num sobretudo de pinho".
O Vacão sem Fajeca é, em primeiro lugar, um contributo para todos os que se interessam pelo modo de vida marginal existente em Portugal. Um modo de vida que se transforma ao longo dos anos mas que nunca se extingue, pois que a criminalidade sempre há-de existir em todas as sociedades, sejam elas ultradesenvolvidas, como por exemplo as do Norte da Europa, ou compostas por uma massa de condição confrangedoramente modesta, como é a portuguesa. É, também, um possível precioso auxiliar para muitos elementos das forças policiais. O jargão criminal está, mesmo que aqui modestamente reproduzido, em constante mutação. Dominar a linguagem do crime é meio caminho andado para o êxito, seja ele das forças da autoridade, seja dos delinquentes. É por isso que o conhecimento dessa mesma linguagem é um desafio aliciante.
Chegou a hora de rufar. Fui com o Luva-Luva e, quando me quis sentar numa mesa próxima da claranta, ele puxou-me pela lima e levou-me para outra, num canto bem mais escuro e malcheiroso. "Ali é pra outros. É pró Zé-Mau, pró Búfalo, pró Dá Cheta, pró Charolês e pró João Varrido. São todos apagadores. Beras como a ferrugem. Não te metas com eles se não queres sair daqui num sobretudo de pinho".
O Vacão sem Fajeca é, em primeiro lugar, um contributo para todos os que se interessam pelo modo de vida marginal existente em Portugal. Um modo de vida que se transforma ao longo dos anos mas que nunca se extingue, pois que a criminalidade sempre há-de existir em todas as sociedades, sejam elas ultradesenvolvidas, como por exemplo as do Norte da Europa, ou compostas por uma massa de condição confrangedoramente modesta, como é a portuguesa. É, também, um possível precioso auxiliar para muitos elementos das forças policiais. O jargão criminal está, mesmo que aqui modestamente reproduzido, em constante mutação. Dominar a linguagem do crime é meio caminho andado para o êxito, seja ele das forças da autoridade, seja dos delinquentes. É por isso que o conhecimento dessa mesma linguagem é um desafio aliciante.