Tradução de Paulo Osório de Castro
Notas, prefácio e tradução das cançoes por João Barrento
«Os Anos de Aprendizagem de Wilhelm Meister» é um romance do Goethe clássico que dificilmente se deixa reduzir a uma fórmula vulnerável como a de "romance de formação": nem Goethe usou o termo, nem este romance chega realmente a encenar de forma cabal a "formação" do seu problemático protagonista - deixa-o precisamente no limiar desse processo. O próprio Goethe, jogando com o nome alemão do seu herói, ironiza na correspondência com Schiller o processo de transformação, cujo controlo lhe foge, do "Schüller" (discípulo) em "Meister" (mestre). E anos mais tarde, quando já concluía a primeira versão de "Os Anos de Peregrinação" confessava: «Wilhelm, é certo, não passa de um pobre diabo, mas é com personagens destas que melhor se deixam mostrar o jogo inconstante da vida e as inúmeras e diversas tarefas da existência e não com caracteres rígidos e já formados.»
Tradução de Paulo Osório de Castro
Notas, prefácio e tradução das cançoes por João Barrento
«Os Anos de Aprendizagem de Wilhelm Meister» é um romance do Goethe clássico que dificilmente se deixa reduzir a uma fórmula vulnerável como a de "romance de formação": nem Goethe usou o termo, nem este romance chega realmente a encenar de forma cabal a "formação" do seu problemático protagonista - deixa-o precisamente no limiar desse processo. O próprio Goethe, jogando com o nome alemão do seu herói, ironiza na correspondência com Schiller o processo de transformação, cujo controlo lhe foge, do "Schüller" (discípulo) em "Meister" (mestre). E anos mais tarde, quando já concluía a primeira versão de "Os Anos de Peregrinação" confessava: «Wilhelm, é certo, não passa de um pobre diabo, mas é com personagens destas que melhor se deixam mostrar o jogo inconstante da vida e as inúmeras e diversas tarefas da existência e não com caracteres rígidos e já formados.»