Muitos de nós habituámo-nos a ler as crónicas que Victor Cunha Rego escreveu ao longo de seis anos e meio, todos os dias, na última página do Diário de Notícias, com o título "Os Dias de Amanhã". A sua escrita clara, a forma séria na abordagem das questões dos nossos dias, a sua persistência independente, fizeram dele um dos mais admirados colunistas de há muito a esta parte. E ficámos tristes quando acabaram. Podemos lê-las de novo, numa selecção agora publicada com o mesmo título. No prefácio, lê-se que "sem memória política a nossa criatividade não terá consistência. O que parece um súbito presente dos deuses pode esvair-se subitamente se a memória nos falha." Nestas cerca de trezentas páginas, Victor Cunha Rego quis "afastar os compromissos com os hábitos paroquiais, as suas safadezas e as suas confissões públicas ditas ou escritas como se as vidas privadas, onde o volúvel não chega sequer a ser delirante, fossem importantes".
Muitos de nós habituámo-nos a ler as crónicas que Victor Cunha Rego escreveu ao longo de seis anos e meio, todos os dias, na última página do Diário de Notícias, com o título "Os Dias de Amanhã". A sua escrita clara, a forma séria na abordagem das questões dos nossos dias, a sua persistência independente, fizeram dele um dos mais admirados colunistas de há muito a esta parte. E ficámos tristes quando acabaram. Podemos lê-las de novo, numa selecção agora publicada com o mesmo título. No prefácio, lê-se que "sem memória política a nossa criatividade não terá consistência. O que parece um súbito presente dos deuses pode esvair-se subitamente se a memória nos falha." Nestas cerca de trezentas páginas, Victor Cunha Rego quis "afastar os compromissos com os hábitos paroquiais, as suas safadezas e as suas confissões públicas ditas ou escritas como se as vidas privadas, onde o volúvel não chega sequer a ser delirante, fossem importantes".