«Os textos que se seguem foram escritos quando escrever em Portugal era lutar pela liberdade contra a ditadura, pela livre expressão contra a censura, pela dignidade contra a humilhação. Comecei «Os Mastins» nos matos da Guiné, militar à força como os da minha geração, quanod a vida dos portugueses adultos começava com o crepitar das metralhadoras e a explosão das minas. Natural, portanto, que esse texto inicial fosse uma alegoria e um grito de revolta - tratava-se de enganar os esbirros e ter esperança. Os objectivos de «O Disfarce» (como o título, de certo modo, indica) eram semelhantes. Estes sintéticos pontos de referência, que são para a minha geração uma redundância (mesmo quando aparenta memória frágil), não se destinam a explicar ou justificar seja o que for que esteja nos meus primeiros livros, mas tão-só a situá-los no tempo e no espaço, agora que tanta coisa mudou e tanta há para mudar. Se o bem mais precioso que um escritor, no seu trabalho, pode desejar é a liberdade de expressão, será oportuno reconhecer que esse é um bem no activo do que mudou em Portugal.» da Introdução de Álvaro Guerra.
Com um prefácio de Alves Redol
«Os textos que se seguem foram escritos quando escrever em Portugal era lutar pela liberdade contra a ditadura, pela livre expressão contra a censura, pela dignidade contra a humilhação. Comecei «Os Mastins» nos matos da Guiné, militar à força como os da minha geração, quanod a vida dos portugueses adultos começava com o crepitar das metralhadoras e a explosão das minas. Natural, portanto, que esse texto inicial fosse uma alegoria e um grito de revolta - tratava-se de enganar os esbirros e ter esperança. Os objectivos de «O Disfarce» (como o título, de certo modo, indica) eram semelhantes. Estes sintéticos pontos de referência, que são para a minha geração uma redundância (mesmo quando aparenta memória frágil), não se destinam a explicar ou justificar seja o que for que esteja nos meus primeiros livros, mas tão-só a situá-los no tempo e no espaço, agora que tanta coisa mudou e tanta há para mudar. Se o bem mais precioso que um escritor, no seu trabalho, pode desejar é a liberdade de expressão, será oportuno reconhecer que esse é um bem no activo do que mudou em Portugal.» da Introdução de Álvaro Guerra.
Com um prefácio de Alves Redol