Romance onde Agustina formaliza uma ideia já anteriormente sugerida, de que o mundo está em vias de rejeitar as sociedades narcísicas, ou seja, as que são organizadas em volta do líder emocionalmente projectado e vivido. Ganhou em 1983 o Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores. «Nos lugares remotos do Gerês há uma planta que produz um lírio azul, planta endémica e maravilhosa. Não sei se se encontra na Serra Amarela ou nas ravinas das Terras do Bouro; pode crescer nos fojos abrigados pelo mosteiro beneditino que foi defesa fronteira. Não sei. Penso nela como sendo um olhar que aterra ergue das suas profundezas e que nos empresta para que os segredos novos nos sejam apontados. Pois é a terra quem nos persuade aos caminhos que ela tem ainda invioláveis. Um lírio azul que parece perdido nas alturas roqueiras é talvez algo mais do que a Iris boissieri; um olhar que nos vigia, passe a candura poética.»
Romance onde Agustina formaliza uma ideia já anteriormente sugerida, de que o mundo está em vias de rejeitar as sociedades narcísicas, ou seja, as que são organizadas em volta do líder emocionalmente projectado e vivido. Ganhou em 1983 o Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores. «Nos lugares remotos do Gerês há uma planta que produz um lírio azul, planta endémica e maravilhosa. Não sei se se encontra na Serra Amarela ou nas ravinas das Terras do Bouro; pode crescer nos fojos abrigados pelo mosteiro beneditino que foi defesa fronteira. Não sei. Penso nela como sendo um olhar que aterra ergue das suas profundezas e que nos empresta para que os segredos novos nos sejam apontados. Pois é a terra quem nos persuade aos caminhos que ela tem ainda invioláveis. Um lírio azul que parece perdido nas alturas roqueiras é talvez algo mais do que a Iris boissieri; um olhar que nos vigia, passe a candura poética.»