O romance Os Pedaços de Madeira de Deus inspira-se num facto histórico: a greve mantida pelos trabalhadores africanos do caminho-de-ferro Dacar-Níger de Outubro de 1947 a Março de 1948. Ergue-se como um grande friso que representa a sociedade do pós-guerra no que é hoje o Senegal e o Mali (então parte da África Ocidental Francesa) no momento em que se organiza a nascente classe operária africana. Nas páginas de Os Pedaços de Madeira de Deus a África revolucionária faz ouvir o seu grito rebelde. Apesar dos personagens individualizados. o verdadeiro e grande protagonista é o povo, o povo africano catapultado pelo desenvolvimento histórico e pelas novas relações de produção impostas pelo colonialismo para o centro da luta de classes contemporâneas. O autor deste livro. Sembene Ousmane, é um dos mais destacados autores africanos. Os seus romances. contos e filmes põem a nu as sequelas do colonialismo, desmascaram as neoburguesias, criticam as sobrevivências «feudais» obscurantistas, atacam tudo o que continua a explorar as massas deste continente africano em que tantas independências foram apenas formais.
O romance Os Pedaços de Madeira de Deus inspira-se num facto histórico: a greve mantida pelos trabalhadores africanos do caminho-de-ferro Dacar-Níger de Outubro de 1947 a Março de 1948. Ergue-se como um grande friso que representa a sociedade do pós-guerra no que é hoje o Senegal e o Mali (então parte da África Ocidental Francesa) no momento em que se organiza a nascente classe operária africana. Nas páginas de Os Pedaços de Madeira de Deus a África revolucionária faz ouvir o seu grito rebelde. Apesar dos personagens individualizados. o verdadeiro e grande protagonista é o povo, o povo africano catapultado pelo desenvolvimento histórico e pelas novas relações de produção impostas pelo colonialismo para o centro da luta de classes contemporâneas. O autor deste livro. Sembene Ousmane, é um dos mais destacados autores africanos. Os seus romances. contos e filmes põem a nu as sequelas do colonialismo, desmascaram as neoburguesias, criticam as sobrevivências «feudais» obscurantistas, atacam tudo o que continua a explorar as massas deste continente africano em que tantas independências foram apenas formais.