Em toda a história da literatura brasileira, nenhum escritor pôde estabelecer, até agora, uma relação tão visceral com seus leitores como Euclides da Cunha. Nós que lemos e relemos as instigantes e magistrais páginas de Os Sertões saímos sempre de nossa leitura com um sentimento de assombro ou de perplexidade. Alguns dos seus leitores o detestam, outros sentem por ele verdadeira adoração. E ainda há um terceiro grupo, o daqueles que reagem de modo ambivalente diante desse texto multifacetado. Porque é bem verdade que, na construção dessa obra, as camadas justapostas da linguagem, os diferentes níveis de significado, o enorme sentido dado à tragédia de Canudos e as teorias científicas e sociológicas ali discutidas revelam um quadro de acertos e deslizes, mas que nunca nos deixa impassíveis diante da matéria apresentada.
Em toda a história da literatura brasileira, nenhum escritor pôde estabelecer, até agora, uma relação tão visceral com seus leitores como Euclides da Cunha. Nós que lemos e relemos as instigantes e magistrais páginas de Os Sertões saímos sempre de nossa leitura com um sentimento de assombro ou de perplexidade. Alguns dos seus leitores o detestam, outros sentem por ele verdadeira adoração. E ainda há um terceiro grupo, o daqueles que reagem de modo ambivalente diante desse texto multifacetado. Porque é bem verdade que, na construção dessa obra, as camadas justapostas da linguagem, os diferentes níveis de significado, o enorme sentido dado à tragédia de Canudos e as teorias científicas e sociológicas ali discutidas revelam um quadro de acertos e deslizes, mas que nunca nos deixa impassíveis diante da matéria apresentada.