“Esta ideia das paisagens originais surgiu-me de imprevisto: escrevi num romance (O Cerco de Cartum) uma frase onde referia que, ao longo da vida, nunca deixamos as paisagens da infância – qualquer coisa semelhante a isto. (...) Essa é uma verdade que se pode aplicar à literatura: os lugares dos anos de aprendizagem devem emitir, ao longo de toda a obra de um escritor ( e para além da sua imagem explícita), qualquer coisa de comparável àquilo que em astrofísica se chama, creio eu, uma irradiação fóssil: uma espécie de assinatura do original.”
É neste contexto que Olivier Rolin esboça traços das infâncias de cinco grandes nomes da literatura mundial: Hemingway, Nabokov, Borges, Michaux, Kawabata.... Cinco escritores nascidos há um século nos cinco cantos do mundo e as paisagens iniciais (e iniciáticas) dos seus anos de formação – cujo eco se continuará a fazer sentir mesmo nas páginas mais tardias.
“Esta ideia das paisagens originais surgiu-me de imprevisto: escrevi num romance (O Cerco de Cartum) uma frase onde referia que, ao longo da vida, nunca deixamos as paisagens da infância – qualquer coisa semelhante a isto. (...) Essa é uma verdade que se pode aplicar à literatura: os lugares dos anos de aprendizagem devem emitir, ao longo de toda a obra de um escritor ( e para além da sua imagem explícita), qualquer coisa de comparável àquilo que em astrofísica se chama, creio eu, uma irradiação fóssil: uma espécie de assinatura do original.”
É neste contexto que Olivier Rolin esboça traços das infâncias de cinco grandes nomes da literatura mundial: Hemingway, Nabokov, Borges, Michaux, Kawabata.... Cinco escritores nascidos há um século nos cinco cantos do mundo e as paisagens iniciais (e iniciáticas) dos seus anos de formação – cujo eco se continuará a fazer sentir mesmo nas páginas mais tardias.