Prólogo de Armando Martins Janeira
Relance da Alma Japonesa, último testemunho da obra de Wenceslau de Moraes, é muito mais que uma obra literária de valor indiscutível, é uma visão individual mas promotora da literatura, da cultura, da estética e dos valores nipónicos, seus coetâneos. «Não iremos a Tóquio, nem a Cobe, nem a nenhum dos principais centros de atividades do império, já muito mescladas de inovações em estilo europeu, as quais prejudicariam o nosso exame; porque, é evidente, o que nós queremos relancear é o Japão tão japonês, tão puro de adaptações desintegrantes, quanto é possível encontrá-lo nos dias que vão correndo.» Wenceslau José de Sousa de Moraes (Lisboa, 30 de Maio de 1854 - Tokushima, 1 de Julho de 1929) escritor e militar da Marinha Portuguesa. Oficial da Marinha, completou o curso Escola Naval em 1875, tendo prestado serviço em Moçambique, Macau, Timor Português e no Japão. Após ter frequentado a Escola Naval, serviu a bordo de diversos navios da Marinha de Guerra Portuguesa. Em 1885 viaja pela primeira vez até Macau, onde se estabelece. Foi imediato da capitania do Porto de Macau e professor do Liceu de Macau desde a sua fundação em 1894. Durante a sua estadia em Macau casou com Vong-Io-Chan (Atchan), mulher chinesa, de quem teve dois filhos, e estabeleceu laços de amizade com Camilo Pessanha. Entretanto, em 1889, viajara até ao Japão, país que o encanta, e onde regressará várias vezes nos anos que se seguem no exercício das suas funções. Em 1897 visita o Japão, na companhia do Governador de Macau, José Maria de Sousa Horta e Costa, sendo recebido pelo Imperador Meiji. No ano seguinte abandona Atchan e os seus dois filhos, e muda-se definitivamente para o Japão, como cônsul em Kobe.
Prólogo de Armando Martins Janeira
Relance da Alma Japonesa, último testemunho da obra de Wenceslau de Moraes, é muito mais que uma obra literária de valor indiscutível, é uma visão individual mas promotora da literatura, da cultura, da estética e dos valores nipónicos, seus coetâneos. «Não iremos a Tóquio, nem a Cobe, nem a nenhum dos principais centros de atividades do império, já muito mescladas de inovações em estilo europeu, as quais prejudicariam o nosso exame; porque, é evidente, o que nós queremos relancear é o Japão tão japonês, tão puro de adaptações desintegrantes, quanto é possível encontrá-lo nos dias que vão correndo.» Wenceslau José de Sousa de Moraes (Lisboa, 30 de Maio de 1854 - Tokushima, 1 de Julho de 1929) escritor e militar da Marinha Portuguesa. Oficial da Marinha, completou o curso Escola Naval em 1875, tendo prestado serviço em Moçambique, Macau, Timor Português e no Japão. Após ter frequentado a Escola Naval, serviu a bordo de diversos navios da Marinha de Guerra Portuguesa. Em 1885 viaja pela primeira vez até Macau, onde se estabelece. Foi imediato da capitania do Porto de Macau e professor do Liceu de Macau desde a sua fundação em 1894. Durante a sua estadia em Macau casou com Vong-Io-Chan (Atchan), mulher chinesa, de quem teve dois filhos, e estabeleceu laços de amizade com Camilo Pessanha. Entretanto, em 1889, viajara até ao Japão, país que o encanta, e onde regressará várias vezes nos anos que se seguem no exercício das suas funções. Em 1897 visita o Japão, na companhia do Governador de Macau, José Maria de Sousa Horta e Costa, sendo recebido pelo Imperador Meiji. No ano seguinte abandona Atchan e os seus dois filhos, e muda-se definitivamente para o Japão, como cônsul em Kobe.