Ler Sexo é uma faca de dois gumes. Por um lado desfrutaremos, inevitavelmente, o prazer e a alegria que nascem da certeza de estarmos diante de um verdadeiro escritor, daqueles destinados a deixar marcas em seus leitores, mas também em seus companheiros de ofício. Esse prazer, que para alguns surgirá com um sabor de descoberta, para outros, que já conheciam o autor desde o quase secreto e cultuado "Amor" (1998), será a confirmação do talento anunciado. Mas o trágico é o outro gume dessa faca. Como chegar ao final da leitura deste livro sem reconhecer que o realismo mais cru, para dar cota da barra pesada de nossos tempos, deve tingir-se com os tons do absurdo mais cruel?
Ler Sexo é uma faca de dois gumes. Por um lado desfrutaremos, inevitavelmente, o prazer e a alegria que nascem da certeza de estarmos diante de um verdadeiro escritor, daqueles destinados a deixar marcas em seus leitores, mas também em seus companheiros de ofício. Esse prazer, que para alguns surgirá com um sabor de descoberta, para outros, que já conheciam o autor desde o quase secreto e cultuado "Amor" (1998), será a confirmação do talento anunciado. Mas o trágico é o outro gume dessa faca. Como chegar ao final da leitura deste livro sem reconhecer que o realismo mais cru, para dar cota da barra pesada de nossos tempos, deve tingir-se com os tons do absurdo mais cruel?