«[...] soa a provocação. Mas, ao lerem agora a resposta que eu dou à pergunta "Que fazer com esta Igreja?", eu respondo, sem hesitar: Deitem-na fora, a fim de ser pisada pelos homens e pelas mulheres, pois esta Igreja já nem para a estrumeira serve! Sei que escandalizo ao pronunciar-me assim. Mas temos de nos habituar à coragem e à frontalidade. Sobretudo, temos de ter a audácia de deixar os paninhos quentes, as posturas políticas eclesiasticamente correctas, mas objectivamente ambíguas e até obscenas. Temos de ousar olhar a realidade, toda a realidade, com olhos de ver. Sem eufemismos. Para bem de toda a Humanidade, a partir da mais empobrecida e oprimida. Se formos capazes de posturas assim, então não nos escandalizamos com o que aqui escrevo. Escandalizamo-nos, sim, com esta Igreja.»
O Padre Mário de Oliveira é mais conhecido por Padre Mário da Lixa. E, como quem faz jus ao nome que se lhe colou ao corpo, decidiu, em Fevereiro de 2004, fixar de novo residência em Macieira da Lixa, freguesia do concelho de Felgueiras onde, antes de Abril de 1974, foi pároco e, nessa qualidade, foi duas vezes preso pela PIDE e outras tantas julgado no Tribunal Plenário do Porto. Porém, neste seu regresso a Macieira da Lixa, já não tem nada a ver com a paróquia. Vive sem qualquer privilégio eclesiástico, numa casinha alugada no lugar da Maçorra, na proximidade física de companheiras e de companheiros cristãos de base, com quem partilha a vida, os bens e a missão de Evangelizar os pobres e os povos.
«[...] soa a provocação. Mas, ao lerem agora a resposta que eu dou à pergunta "Que fazer com esta Igreja?", eu respondo, sem hesitar: Deitem-na fora, a fim de ser pisada pelos homens e pelas mulheres, pois esta Igreja já nem para a estrumeira serve! Sei que escandalizo ao pronunciar-me assim. Mas temos de nos habituar à coragem e à frontalidade. Sobretudo, temos de ter a audácia de deixar os paninhos quentes, as posturas políticas eclesiasticamente correctas, mas objectivamente ambíguas e até obscenas. Temos de ousar olhar a realidade, toda a realidade, com olhos de ver. Sem eufemismos. Para bem de toda a Humanidade, a partir da mais empobrecida e oprimida. Se formos capazes de posturas assim, então não nos escandalizamos com o que aqui escrevo. Escandalizamo-nos, sim, com esta Igreja.»
O Padre Mário de Oliveira é mais conhecido por Padre Mário da Lixa. E, como quem faz jus ao nome que se lhe colou ao corpo, decidiu, em Fevereiro de 2004, fixar de novo residência em Macieira da Lixa, freguesia do concelho de Felgueiras onde, antes de Abril de 1974, foi pároco e, nessa qualidade, foi duas vezes preso pela PIDE e outras tantas julgado no Tribunal Plenário do Porto. Porém, neste seu regresso a Macieira da Lixa, já não tem nada a ver com a paróquia. Vive sem qualquer privilégio eclesiástico, numa casinha alugada no lugar da Maçorra, na proximidade física de companheiras e de companheiros cristãos de base, com quem partilha a vida, os bens e a missão de Evangelizar os pobres e os povos.